Quanto vale uma coleção digital?

18 janeiro 2011

(Opa, Feliz 2011 a todos! Mais um ano aqui No Limiar do Estresse, e como sempre o conteúdo demora muito a sair. Espero que continuem entrando esporadicamente ao ver o anúncio no meu twitter – @xkuei – ou assinando o RSS do blog. Lembrando que esse é um blog sobre vários assuntos, mas basicamente: música, cinema e internet. Recentemente iniciei outro blog, chamado “Recém-Jornalista“, em que falo sobre minha formação profissional em Jornalismo e meus próprios desafios, algo como uma “jornada de aceitação pós-diploma” ao curso que escolhi e não exerci plenamente até o momento. Então obrigado por estar aqui. Boa leitura, e fique à vontade para comentar.)

Estava lendo um artigo do site Music Think Tank escrito por Kyle Bylin: “Coleções Digitais deveriam valer algo?” (Link: Should Digital Collections be Worth Something?), uma pergunta séria. No contexto que estamos vivendo, da computação em nuvens, do iTunes, Steam e Kindle, precisamos todos pensar em alternativas para o embuste que é o aluguel de conteúdo na internet travestido por compra. Citando Bylin:

“[…] consumidores podem vender seus livros físicos, doá-los a uma biblioteca, ou fazer praticamente qualquer coisa. Esse princípio também funciona para CDs, DVDs, e videogames. Permitindo assim que o mercado de itens usados e revendedores como eBay e Amazon existam e vendam títulos usados. Na era digital, esse conceito está sendo contestado. Não está claro se os consumidores deveriam ter os mesmos direitos quando compram conteúdo digital por downloads.

Você é dono de um iPod e um Kindle, mas não das músicas e livros contidos neles.

[…]

Isso gera um montante de 10 bilhões de músicas compradas por download  – e  ninguém é dono delas.”

Esse modelo de vendas digitais tem sido visto como o futuro da indústria do entretenimento. Para músicas, temos o iTunes Store, além de vários outros sites (como o finado Amie Street, o lendário Mp3.com ou o repaginado Napster). Para games, o mais conhecido é o Steam, da Valve (desenvolvedora de Half-Life e Counter-Strike) e Direct2Drive. Várias lojas (como Blockbuster, Bestbuy lá fora e Saraiva aqui no Brasil) estão vendendo filmes no modelo de download.

Lembra da desculpa para os preços abusivos dos CDs? Era o encarte, o libreto, a mídia física. Oras, disseram as lojas, vamos nos livrar da coisa física! Agora os preços estão mais baixos. Satisfeito? Só que você tem menos direitos também. Você não pode vender arquivos mp3 usados, nem arquivos PDF já lidos. E também não pode emprestá-los.

Não contávamos com isso, certo? Estava tudo escrito nos contratos que você assina ao comprar na iTunes store, ou na App Store, no Steam. Como vender um disco que você não ouve mais, se ele só pode ser ouvido no seu iPod? Como vender um jogo que você já terminou, ou que você comprou e não gosta mais, se o jogo está associado à sua conta do Steam?

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Impressões sobre o Wii

7 maio 2009

Meu tio trouxe um Nintendo Wii na semana passada. Após alguns dias e testar alguns jogos, já consigo tirar umas impressões.

Impressão #001: FPS NÃO PRESTA

O jogo que mais joguei na minha vida, voltando ao passado, com certeza foi Quake (a versão World, que tinha milhares de servidores e um mod Team Fortress). Em um segundo lugar, Civilization 4. Em terceiro, Final Fantasy do VII ao XII, os tempos somados. Então já sabemos meu estilo de jogo.

Comprei dois First-Person Shooters (FPS), Call of Duty 3 e Far Cry. E classifico como injogáveis, se essa palavra existir. Por um motivo bem simples. Não dá pra virar. Aliás, dá sim, mas você tem que empurrar a tela com o Wiimote. Como no Warcraft III, ou Age, essas coisas. Quer mirar pro lado, responder aos tiros vindo do seu flanco? Leve o wiimote pro seu lado, espere ate o inimigo aparecer na tela e aí sim, mire no inimigo e atire nele. Até lá creio que você já morreu três vezes. Qualquer coisa abaixo disso é dificuldade baixa.

Impressão #002: Videogame é coisa de criança, de novo.

Meu amigo Ângelo comprou um Wii alguns meses atrás, e conheci alguns jogos que ele tem. Eu ainda tenho poucos, mas o dele veio com dois controles e uns 20 jogos. Percebi que muitos jogos são infantis, MESMO. E não só com temática infantil, mas com a própria jogabilidade infantilizada. Aquela conversa sobre jogos “casuais”. Acho que você pode ser casual e ao mesmo tempo ter uma curva de aprendizado. Ou seja, você começa idiota, mostrando tudo que a pessoa tem que fazer “ande, aperte A, depois aperte B”, e mais pra frente ela vai aprender a fazer coisas mais difíceis “ande, aperte A+B, depois aperte C”. Mas pra ver se isso acontece, alguém precisaria jogar o SPYRO – aquele dos dragõezinhos fofos. E não serei eu.

Impressão #003: Os jogos é que são bons.

O Wii é um videogame bacana. Com aquele negócio de fim do sedentarismo, etc. Mas se você tira esse apelo de “mexa-se”, sobra o quê? Um videogame que ainda não encontrou seu lugar. Mas é o mais vendido. Só por causa da hype, lógico. Não me entenda mal, eu passei horas jogando Guitar Hero Metallica ontem, uns meses atrás jogamos um de Minigames muito bacana também. Mas Se você tiver 5 jogos legais e 50 jogos péssimos e não-jogáveis por pessoas com QI maior que 67, você tem um problema.

O problema é que todo mundo entrou na hype, todo mundo quer fazer um jogo legal, que seja casual e burro. Mas os jogos bons é que estão mantendo o videogame vivo. Só que, olha só. O Guitar Hero Metallica, por exemplo, tem pra praticamente TODOS os videogames. O sensor de movimento do Wii não faz absolutamente diferença alguma. O Zelda parece ser interessante, mas aqueles bichinhos fofos estão me dando nos nervos. O único Zelda que joguei foi o de Super Nintendo, e ele é normal. Agora, essa fofoletização do mundo do Wii é que não me agrada.

Então, o que farei a respeito?

A palavra de ordem é melhorar a experiência do Wii, certo? Então vou procurar uns jogos BONS. Fui ao gamespot e procurei os 10 melhores jogos de Wii, que vou tratar de adquirir. São eles (olha, finalmente algo que não são palavras neste blog):

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TetriNET? Não, é o Tetrisfriends!

31 março 2009

Semana nostalgia, eu diria.

Sexta-feira passada estava passeando por uns blogs no meu Google Reader, quando li no Sedentário e Hiperativo sobre um “Tetris Online pra jogar versus”. Bom, confesso que num primeiro momento fiz uma cara meio “Bah, TetriNET já existe tem uns 10 anos, quanta novidade”. Não que eu tenha engolido minhas palavras (não engoli, TetriNET é velho mesmo), mas devo confessar que o TetrisFriends está um pouco acima do TetriNET.

Viciante! Tetris Online!

Viciante! Tetris Online!

Santo Flash, Batman! A principal diferença do TetriNET é a linguagem de programação. TetriNET era um programa que você rodava no seu computador, precisava ficar passando endereço pros outros, você tinha que aprender a usar. O Tetrisfriends conta com todas as melhorias que o formato Flash permite, como Leaderboards (marcadores de Score), Comunidade, e principalmente segurança. Nada de dar seu endereço IP pros outros, nada de procurar jogadores. Você clica “Play Now” e ele já acha um oponente pra você.

Só uma coisa que eu preferia do TetriNET. Era a possibilidade de você estourar bombas nos inimigos. Isso influenciava na maneira de jogar, claro, mas eu curtia. Era minha principal arma, na verdade, pois eu sempre fazia um Tetris (completar 4 linhas de uma vez) antes dos outros, o que sempre me dava uma bomba. Daí, todo mundo estava fazendo aqueles castelos enormes… facilitava pra mim!

O jogo tem seis modos, sendo que quatro são de um jogador e dois são multi-jogadores.

No modo Marathon, você precisa só jogar e passar os 15 níveis. No Sprint, você precisa completar 40 linhas o mais rápido possível. Coisa de Coreano, diga-se. Survival, você precisa sobreviver a 20 níveis de Tetris (e é RÁPIDO). Eu não consegui… e finalmente, o modo Ultra, em que você tem que marcar o máximo de pontos em 2 minutos.

Joguei apenas uma vez cada um deles. Viciei mesmo foi no modo multi-jogador! É muito bom! Eu pulei do Level 1 pro Level 8 no primeiro jogo! Claro que o jogo é definido por níveis, né, pra poder nivelar as pessoas e você iniciante não acabe peitando um nível 20 topo-do-ranking.

Os estilos multiplayer são Sprint 5p e Battle 2p (os P’s relativos ao número de jogadores). O Sprint é muito legal, quem fizer 40 linhas primeiro vence. Normalmente isso leva menos de dois minutos, mas depende um pouco da sorte. E claro, não errar! Já no Battle, você compete com outro jogador escolhido aleatoriamente. No caso, quem enviar mais linhas pro outro vence. Pra enviar linhas ou você precisa fazer combos, ou precisa estourar mais de uma linha por vez. O ideal, claro, é fazer um tetris, uma vez que pra combar é necessária muita sorte.

O jogo ainda está na versão beta (como tudo na internet, note-se), mas com certeza podemos esperar boas novidades. Quando a funcionalidade de friends list aparecer, me adicionem. Meu nick, obviamente, é XKuei.